Luizito (em pé, de gravata) assistindo a um jantar na nossa Churrascaria. A frente dele, o excelente Delegado Evandro Ruivo e o advogado Carvalhaes. Encostado no armário, eu, e à minha frente, pequenino e curioso, o Paulo, olhando para o fotógrafo. À minha esquerda o garçom Basílio. Atrás de mim, o armário de fórmica que o Tito Klocker, algum tempo depois, veio retirar durante um almoço de domingo, por atraso de pagamento...
Ano 1970.
Renomeada como Churrascaria dos Gaúchos, esta unidade está sendo administrada, há mais de trinta anos, pelos irmãos Nilvo e Armelindo Biazon (além, é claro, da Iza), de forma extremamente competente.
Irretocavelmente competente!!!
(Mas se tivesse ficado em mãos do Paulo ou do Zezé, já teria falido há muito tempo. Suponho.)
Trinta anos depois, o Nilvo, todo domingo, às 09 horas da manhã, oferece um maravilhoso Café da Manhã aos seus amigos. Gratuitamente. Com costelas, e às vezes T-bone. Saladas, polenta frita, linguiça e vinho à vontade. E uma conversa extremamente agradável. Sem pressa...
Luiz Marques dos Santos,
aos dez anos de idade.
aos dez anos de idade.
Vinte e sete anos depois,
ele se tornaria o fundador da
Churrascaria Fronteira.
Aos dez anos de idade.
Hoje, na Churrascaria do Luizito (agora "dos Gaúchos"), estou olhando os cacos de cerâmica que eu ajudei a colocar aqui há
mais de 50 anos...
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CINQUENTA ANOS!
🟩♥️🟩
12.11.25.
Click aqui 👆 para ver detalhes.
Se ele, fazendeiro que era em Minas Gerais, não tivesse raptado amorosamente a Vitalina, nada disso estaria acontecendo. Se o meu corajoso e culto bisavô Luiz Marques não tivesse decidido morar no Sul (talvez no Uruguay) com sua amada adolescente (treze anos de idade!), ele, vindo do norte de Minas, não teria passado por Itararé, numa noite enluarada de 1905, onde seria preciso trocar de trem, da Estrada de Ferro Sorocabana para o da Rede Paraná Santa Catarina. Não teria, portanto, e por acaso, conhecido o Sr Tonico Adolfo, que o convenceu a comprar umas terras por aqui, inclusive a propriedade onde ficam hoje a Casa Azul e a Churrascaria dos Gaúchos. Não fosse por isso (por esse maravilhoso conjunto de acasos), Luiz Marques e Vitalina teriam seguido viagem para o Sul. E Maria, a primeira filha de Vitalina e mãe do meu Pai, não teria nascido aqui. Nem teria conhecido o Joaquim dos Santos, obviamente. E meu Pai, portanto, não seria concebido por esse casal. Nem por outro. E nem eu nem meus irmãos existiríamos. Minha Mãe teria existido, é claro, posto que viera do Salto, mas seus eventuais filhos seriam outros. Logo, como se pode facilmente concluir, se não fosse o ACASO, se não fosse a coragem do apaixonado Luiz Marques (nem o dinheiro e os oito livros que ele trazia na mala), nada disso teria acontecido. Nada disso. E eu não estaria aqui, agora, ouvindo pássaros na Casa Azul.
Nem você estaria lendo essa minha história.
Aliás, eu tenho a impressão de que teu pai e tua mãe também se conheceram por acaso... Assim como os teus quatro avós.
Pense nisso.
12.11.25.
A história ainda vai continuar.
(...)
E eu fico aqui pensando sobre esse ousado fazendeiro, que teve a coragem sexagenária de abandonar a própria esposa e mais de mil cabeças de gado, só para seguir um grande amor...
Continua...
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Para aqueles que nunca moveram uma palha para a construção desse patrimônio.






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